Hoje estamos com mais uma indicação de livro nacional que merece a atenção de todos e que merece um lugar muito especial na sua estante.
A obra que os apresento hoje é O Reino de Milian da Pamela Chris.
A autora foi super fofa e nos presenteou com um pacote completo sobre a obra, que inclui sinopse e primeiro capítulo, além de informações adicionais.
Vamos comentar um pouco sobre esse incrível livro?
Sinopse:
"A guerra dos três Reinos já preocupava Ana e sua
mãe antes mesmo de David, um garoto do Reino inimigo, chegar. A partir daí Ana
vê sua vida mudada. Juntamente com alguns amigos ela deve viajar entre os
Reinos, mesmo com o perigo da guerra, e efetuar uma missão nobre. Uma missão
que poderia trazer de volta a paz, a alegria que uma guerra de vinte anos
tirou. Uma missão que uniria Milian novamente. E
Ana está disposta a isso, mesmo que signifique que ela pode não voltar viva".
O nascimento
Muitas flores, todas sempre
coloridas. Árvores com os mais diversos frutos. Rios como nunca se viu tão
transparente e belo. Há quem diga que dava para se contar cada pedrinha de
areia no fundo desses rios. E em todo lugar você podia ouvir o som de belas
canções, e apreciar a paisagem observando os movimentos de pés ligeiros e bem
articulados que pareciam flutuar sobre a relva.
Essa era
Milian, antes do Dia da Traição. É claro que nada acontece de uma hora para
outra, tudo tem sua história. E a história sobre esse dia era uma história
inacreditável, não por que ela fosse uma bela história, ou algo impossível de
se acontecer. Era inacreditável por que ninguém queria realmente acreditar que
aquela era a nova realidade.
Começou quando
Sara, a esposa do adorável rei de Milian (há várias lendas sobre ele, e a que
mais predomina é de que ele tenha sido coroado pelo próprio Cavaleiro de
Prata), finalmente engravidou. De todas as coisas que o rei Ricardo mais
desejava, depois de ver seu Reino verdadeiramente unido, era ter um filho.
Então assim que souberam que a rainha estava grávida, fizeram uma festa em
comemoração. Uma pequena festa, se comparada com a que aconteceu depois, quando
o bebê nasceu.
Foi numa noite
em que a lua, mesmo estando quase cheia, parecia ofuscada pelas estrelas que
insistiam em competir seus brilhos. Era uma noite que parecia dia.
O Castelo, como
de costume, estava bem guardado e com vigilância constante. Seus guardas
estavam sempre bem acordados. Não por mera obrigação, mas por amor e lealdade
ao rei e a rainha. Por isso, por tanto amarem o rei e a rainha e temerem por
sua segurança, eles se assustaram com o choro que ouviram, não sabendo eles que
o bebê estava nascendo. Por um momento eles ousaram invadir o Castelo, mas foi
no segundo seguinte que eles logo compreenderam que se tratava do bebê e
continuaram nas suas posições. Agora mais vigilantes e atentos do que nunca.
Não queriam que nada acontecesse a esse momento tão especial.
Alguns momentos
antes, dentro do quarto real, as parteiras faziam seu trabalho, e do lado de
fora, à porta do seu quarto, o rei andava de um lado para o outro, temeroso. Ao lado dele estavam os três Representantes: Mateus, do Reino
da Dança; João, do Reino do Canto; e Carlos, do Reino do Som. Os três eram sempre ótimos conselheiros, e
muito eficientes no que se tratava de cuidar dos Reinos. Sempre dispostos a
ajudar, e muito leais à realeza.
— Vossa
Majestade fique calma, por favor. És teu filho, e vais ficar tudo bem
com ele — tentou João. Ele já tinha um filho, e
sabia exatamente o que o rei estava passando. Por isso tentava acalmá-lo de
toda maneira.
— Estou calmo —
retrucou o rei. — Só não confio...
— Em que? — ousou Carlos. Não com autoridade, mas com o mesmo tom tranquilo que João usou. Embora
não fosse pai, sabia que João tinha razão. E tentou mostrar isso ao rei. — João
tem razão, Vossa Majestade tem que acalmar-se. Afinal, foi o Cavaleiro de Prata
que bendisse ao teu filho. Dará tudo certo. Sabemos que dará.
Foi mais ou
menos assim durante algum tempo. O rei Ricardo andando de um lado para o outro,
apreensivo, enquanto os Representantes tentavam acalmá-lo.
Por fim,
ouviram o choro do bebê. O rei estacou no seu lugar, olhando para a porta, e um
sorriso se delineava em seu rosto claro.
— Nasceu — ele sussurrou feliz. E depois, virando para seus Representantes, ele
repetiu, como num brado: — Nasceu!
Os
Representantes também bradaram esse acontecimento, e logo em seguida uma das
parteiras abriu a porta, com o bebê ainda nu envolto em seus braços. Ela pediu
para que o rei entrasse, e pela porta entreaberta — que se fechou
assim que o rei entrou — puderam avistar a rainha que nada lhe parecia de
comum. Deitada na cama, suada, ofegante pelo parto demorado e com os seus
cachos despenteados. Ainda assim tinha uma serenidade incomum, e
um grande sorriso no rosto.
— Meus
parabéns, Majestade — falou a parteira, entregando-lhe a
criança.
Depois de
apreciá-la por um momento, ele abriu as portas que dava para a varanda de seu
quarto, e chegando ao para - peito, com o bebê envolto em panos claros, olhou
para todos que estavam em baixo. Eles estavam festejando, pois a noticia de que
o futuro herdeiro estava nascendo já se espalhara por todo o Reino, e estavam
todos comemorando. Cantores punham-se a cantar conforme o ritmo da
música dos Sonistas, e os Dançarinos bailavam conforme a alegria dos Cantores e
Sonistas.
Aquela festa
poderia ter durado a noite toda, até que eles perceberam que o rei aparecera na
varanda de seu quarto, que ficava numa das torres mais altas do Castelo. Ele estava levantando uma das mãos pedindo silêncio,
enquanto usava o outro braço para segurar algo minúsculo, envolto em panos
claros. Em seu rosto bondoso estava o sorriso mais alegre que os Milianos haviam visto.
— Saudações — começou o rei, alegre, olhando para todos que estavam em frente ao
Castelo. Assim que saudou, seus súditos ficaram em pé, em reverência. —
Lembro-me de ter estado tão feliz assim quando conheci e também quando me casei
com minha esposa. Espero que vocês também se sintam tão felizes quanto eu.
Observou a
multidão, e embora tivesse um brilho de felicidade nos olhos de cada um, eles
não estavam mais felizes que o rei. Ninguém poderia ficar mais alegre do que o
rei e a rainha.
— O Cavaleiro
de Prata — o rei continuou — nos visitou quando minha esposa estava nas
primeiras semanas de gestação e nos falou sobre esta criança, sobre o futuro dela. Isso é algo que me deixa ainda mais
feliz, por que Milian se unirá e esta criança o fará.
Ele olhou novamente para o bebê em seu colo, ainda com seu belo sorriso. Este sorriso também se alinhava no rosto da grande maioria dos que estavam
ali. E essa grande maioria continuou a festa. Só que muito melhor, muito mais
alegre e com uma harmonia mais profunda.
Dentro do Castelo, no corredor, onde o
rei estivera, podia-se ouvir um pouco da conversa dentro do quarto, embora não
se pudesse dizer o que eles diziam exatamente.
— Sabe. Achei que ficaria decepcionado
com esse momento. Mas é muito diferente o que sinto.
João disse isso por causa da seguinte
situação: Por Sara ser estéril, isto é, não podia ter filhos, os Representantes
eram os herdeiros, por escolha do rei. Por que cada um cuidava de um Reino, e
Ricardo era soberano sobre eles, um rei. Mas o Cavaleiro de Prata deu à Sara um
ventre novo, e assim ela engravidou. Quando souberam da gravidez, souberam
também que não mais seriam reis, e acharam que ficariam um pouco decepcionados
com isso.
A surpresa foi que no nascimento, eles
perceberam que eram fieis demais para isso.
— Eu também achei — concordou Mateus. —
E estou muito feliz com o nascimento da criança.
Esperavam ouvir um comentário de
Carlos, que nada havia dito até então. Quando o olharam perceberam que havia em
seu rosto uma expressão diferente da que eles esperavam. Era como se Carlos
tivesse nojo de algo, como se não pudesse acreditar no que estava acontecendo.
— Aquela criança não vai governar sobre
mim. Nunca! — disse isso mais para si mesmo, baixinho. Tanto que João e Mateus
perguntaram a ele o que estava acontecendo.
— Então vocês não perceberam? Não perceberam
que é aquela... criança — fez novamente uma cara de nojo ao dizer a última
palavra — é quem vai governar sobre nós?
Os outros dois se entreolharam entre
si, tentando compreender sobre o que Carlos estava falando.
— Estavam tão felizes que nem perceberam
a realidade — falou com irritação, porém tentava deixar a voz baixa o
suficiente para que o rei não ouvisse sobre o que eles conversavam.
Quando Carlos disse aquilo, os outros
dois tentaram se lembrar de algo mais. E olhando novamente para Carlos, perceberam
no seu olhar o que ele queria dizer.
— Sei que é humilhante — admitiu
Mateus. — Mas como você mesmo disse, é a realidade.
— Mas não precisamos aceitá-la — João
disse.
Por um momento Mateus não acreditou bem
no que João estava dizendo. E o pior, ele temia o que João queria dizer com
aquilo.
— Como? — Mateus perguntou, ainda
surpreso.
— Carlos está certo. Não percebe? Olha
só para isso. Nunca vivi tal humilhação. Desculpem-me, mas a minha lealdade
para com o rei e a sua família cai aqui.
Eles olharam para Mateus, esperando uma
reação dele. Ele também se sentia humilhado, e sabia disso. Não foi difícil
Mateus se deixar levar por aquilo. Foi facilmente convencido pelos seus
companheiros.
Assim os três foram para seus
escritórios, a fim de planejarem em como matariam a família real e tomar seus
respectivos tronos. Afinal, eles eram fiéis ao rei sim, porém o orgulho e a
ambição falavam mais alto.
Incrível, não é?
Eu confesso que tinha me apaixonado por esse livro muito tempo atrás quando vi a capa. Aí fui procurar saber sobre a história e pensei "eu preciso ler esse livro".
Fiquei muito supresa quando recebi o email da Pamela com as informações e vi de que livro se tratava.
Estou muitíssimo ansiosa por ter esse livro em mãos, e tenho a certeza que é uma obra nacional maravilhosa que só vai fazer as pessoas valorizarem ainda mais nossos autores.
Merece um lugar na sua estante e nas livrarias!
Parabéns Pamela, e desejo todo o sucesso do mundo para você, já com a certeza que você o terá!
Beijos e até a próxima!
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